Protetora de animais afirma que condutor passou por cima dos animais de ‘propósito’ e que passou dados errados a ela, como nome e telefone.
O motorista de aplicativo que atropelou três cadelas comunitárias em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, foi identificado e ouvido pela Polícia Civil. O caso, que ganhou repercussão nas redes sociais, aconteceu na segunda-feira (22), na rua Fernando Teixeira Nogueira, no bairro Santa Maria.
Segundo o delegado Thiago Andrade, responsável pela investigação, a equipe conseguiu identificar o carro após análise de câmeras de segurança na região e em outros pontos por onde o carro passou. A identidade do condutor, porém, não foi divulgada.
“Conseguimos chegar ao proprietário do veículo. O próximo passo foi tentar identificar o condutor. Vimos que era um carro alugado, e o motorista real que estava no momento dos fatos alugou o veículo para trabalhar como motorista aplicativo”, disse Andrade.
De acordo com o delegado, durante o depoimento, o motorista alegou que prestou socorro e levou protetoras de animais de uma clínica veterinária até o local. “Porém, só não conseguiu arcar com os custos porque não tinha dinheiro para isso”, acrescentou o delegado.
Uma câmera de segurança registrou o atropelamento dos animais. Nas imagens, é possível ver que o motorista não buzinou, desviou ou freou para evitar o episódio. Ele informou à polícia que se distraiu no momento em que aceitava uma nova corrida no aplicativo.
O condutor do carro foi liberado após ser ouvido pelo delegado. Ele deverá responder por crime de maus-tratos contra animais, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, com pena de dois a cinco anos de prisão.
Cachorros foram resgatados
A protetora Simone Amaral, responsável pelos cães comunitários, acompanhou o socorro dos animais e confirmou que dois deles estão fora de perigo, mas um segue com suspeita de fratura e em estado mais grave. Os pets foram levados para o hospital veterinário HPet.
Simone reforçou a indignação da comunidade: “Isso não pode passar batido. Ele passou de propósito por cima das três, que estavam deitadas. Ele poderia ter buzinado, freado ou desviado, mas não fez nada”.
“A que tá mais grave dentro do meu terreno tá sem os movimentos da patas traseiras. Ela não tá levantando. Ela tenta se arrastar, sabe? Sim, ele [motorista que atropelou] falou que viria. Pra quem deu o telefone e nome errado… Tenho o papel aqui. Inclusive, ele que escreveu o nome”, disse à equipe do Paraná Contra Maus-tratos, que resgatou as cadelas.
Matéria do site: www.bandab.com.br



